Ao invés de pedagogia... menos demagogia, ao invés de professores... aprendizes, ao invés de salas... o ar livre, ao invés de graduações... o valor do ser humano, ao invés do ranço Freire, Piaget... uma alternativa... Ivan Illich. Se não der certo... pelo menos tentamos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Em terra de semi analfabetos que lê Paulo Coelho é rei!


Lembrei hoje sobre uma revista que li que falava de uma entrevista de Marcos Willians Herbas Camacho o “Marcola” líder do PCC. Nela ele gabava-se de ter lido 3.000 livros inclusive fazendo citações de vários deles demonstrando assim conhecimento do que falava. Marcola citava muito Dante Alighiere e isso foi o que me despertou para uma coisa: Eu só fui conseguir ler Dante muito muito tempo depois de sair da escola, e o pior não me recordo de nenhum professor citar sequer o nome Dante ou alguma obra sua em todas as escolas que estudei. Assim como eu, suponho que várias pessoas viveram a mesma situação, o que a torna no mínimo esquizofrênica pois nas escolas não temos acesso a livros, nem bibliotecas com um conteúdo que se equipare ao da prisão em que se encontra “Marcola”. Meu Deus!! um presídio com um acervo de livros maiores e melhores que várias escolas??? desafio encontrarem a divina comédia em bibliotecas escolares, mas se quiser ler essa obra, seja preso! O povo brasileiro é um dos que menos leem no mundo, será somente por causa dos altos preços dos livros? Acho que não, ler realmente depende de gostar, mas incentivo também ajuda. As escolas deveriam buscar mais opções de conseguir livros, de equipar, atualizar e renovar suas bibliotecas, buscar parceiros e não esperar tão somente pelo governo que ao meu ver não vê com bons olhos uma população que saiba ler e não somente usar uma urna eletrônica, Os professores e coordenadores podem fazer essa diferença e mudar esse panorama, cabem a eles 99% da tarefa de incentivar a leitura de seus alunos, independente da matéria que lecione, indicar livros e de certa forma “cobrar” o desenvolvimento do hábito de ler. Só pra citar: no livro a divina comédia, Dante narra a história da ida ao inferno, na vida real parece que quem está narrando uma viagem ao inferno é o líder do pcc “marcola” só que nessa história somos nós que estamos no inferno da ignorância.

4 comentários:

  1. o pessoal so lembra da leitura quando tem algum evento!!!
    isso é o que eu vejo sempre,e alem disso nas bibliotecas são os mesmos livros,dificilmente encontra algo novo !!!

    ResponderExcluir
  2. Interessante a imensa contradição! Acho que Brasil esta mais uma vez imitando o modelo de Americano... nas prisões americanas tem muito disso... o chamado incentivo a leitura..

    Deve ser por isso que os banidos quando saem da prisão tem mais condições de tocar seus negócios do narcotrafico... eles saem de lá instruidos!!!

    E a população... fica a ver navios!

    ResponderExcluir
  3. "Há entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se".

    ResponderExcluir
  4. obrigada pelo comentário. não falei em impor a leitura e sim incentivar o hábito. pois nada no mundo feito de forma imperativa não vinga. quando citei "cobrar" é uma forma de criar meios para o aluno descobriro o prazer da leitura.

    ResponderExcluir